Os entusiastas do melão passaram décadas rastreando as origens da melancia comum, uma fruta popular que tem impactado culturas em todo o mundo há milhares de anos. E agora, o teste de DNA revelou seu ancestral mais antigo, o melão sudanês Kordofan .
Antes de Susanne S. Renner e sua equipe de pesquisadores começarem a sequenciar o DNA de plantas não domesticadas do gênero da melancia (Citrullus), a maioria dos botânicos concordava que as origens da melancia estavam na melancia sul-africana. Esta hipótese, apresentada pela primeira vez por um estudante do taxonomista Carl Linneaus que visitou a Cidade do Cabo há 150 anos, estava incorreta.
Testes de DNA mostraram que a melancia sul-africana é muito diferente da melancia comum que encontramos nos supermercados hoje. Em vez disso, o parente selvagem mais próximo parece ser o melão Kordofan sudanês, uma fruta com polpa branca. Seu interior pode não parecer apetitoso, mas o Kordofan não é muito amargo e pode ser comido cru, tornando-o o candidato perfeito para domesticação. (Melancias com polpa branca eram comuns até recentemente. Você ainda pode comprar melancias com polpa branca!)
Estudar as origens das melancias pode parecer uma tarefa inútil, mas isso pode ajudar a defender a melancia da extinção. Os métodos agrícolas modernos limitaram severamente o pool genético de melancias (e outras plantas comestíveis), o que significa que quase todas as melancias têm as mesmas vulnerabilidades genéticas a doenças, pragas e fungos. O melão Kordofan pode nos ajudar a diversificar o pool genético da melancia ou, no mínimo, nos ajudar a descobrir quais proteções genéticas a melancia perdeu com a domesticação.
Fonte: PNAS via Smithsonian