Vlad Konstantinov e Scott Hocknull/Museu de História Natural de Eromanga
Encontrar ossos de dinossauros nas planícies da Austrália é uma tarefa difícil. Mas os paleontólogos acabaram de confirmar a existência de um dinossauro até então desconhecido chamado Australotitan cooperensis. Apelidado de Cooper, é a maior espécie conhecida que viveu no continente australiano.
Australotitan, que é latim para "titã do sul" (não "titã australiano") é um saurópode com quase 30 metros de comprimento e 6 metros de altura. É efetivamente do tamanho de uma quadra de basquete coberta e, de acordo com o Museu de História Natural de Eromanga, pesa “o equivalente a 1.400 cangurus vermelhos".
Os paleontólogos descobriram o titã perto de Cooper Creek, daí o nome da espécie “cooperensis”. É um dos quatro saurópodes conhecidos por terem vivido na Austrália, embora não haja evidências de que essas espécies coexistiram. Pesquisas sugerem que Cooper e seus parentes viveram de 92 a 96 milhões de anos atrás, uma época em que a Austrália e a Antártida estavam conectadas.
Mas por que demorou tanto para verificar que Cooper é um novo dinossauro? Bem, Cooper foi escavado no que os cientistas chamam de “zona de pisoteio”, uma área lamacenta que é densamente comprimida pelo peso de grandes animais (como elefantes, rinocerontes ou dinossauros gigantes). Os ossos de Cooper foram envoltos em rocha, o que exigiu remoção para identificação. Comparar os ossos de Cooper com os de outros dinossauros também foi um desafio, embora fosse um passo necessário para verificar a singularidade de Cooper.
Os paleontólogos podem descobrir vários novos dinossauros nas planícies australianas, pois a nova tecnologia ajuda a acelerar os esforços de escavação. Mas cavar na Austrália ainda é uma dor. Encontrar dinossauros em outros continentes é uma tarefa relativamente fácil, especialmente em lugares onde grandes formações rochosas e montanhas são erodidas para ajudar a revelar a história antiga.
Fonte: Museu de História Natural de Eromanga